Os animais de estimação sempre ocuparam um lugar especial nas casas — mas, nos últimos anos, eles conquistaram também um lugar definitivo no coração (e na rotina) das famílias. Estamos vivendo a era da PETernidade, e essa tendência é muito mais profunda do que memes de pets no Instagram ou vídeos fofos no TikTok. Ela é sobre vínculo, responsabilidade e a reformulação da forma como vemos e tratamos nossos companheiros de quatro patas.
A Royal Canin, uma das marcas mais respeitadas do setor, acaba de dar um passo importante ao reconhecer essa mudança cultural com uma campanha inédita: a licença PETernidade. A proposta, desenvolvida pela agência argentina TombrasNiña em colaboração com a Tombras New York, dá aos funcionários um dia de folga remunerado após a adoção de um pet. Mas não para por aí: a iniciativa inclui kits de adoção e programas educacionais para orientar os novos tutores sobre os cuidados essenciais com cães e gatos.
🐶 PETernidade: uma resposta ao novo comportamento do consumidor
De acordo com o Human Animal Bond Research Institute, 95% dos tutores já consideram seus pets como parte da família. Isso significa que os pets deixaram de ser “animais de estimação” e passaram a ser filhos, companheiros, parceiros de jornada. E se existe licença-maternidade e paternidade para bebês humanos, por que não considerar um benefício semelhante para quem acaba de ganhar um novo membro peludo na família?
Foi a partir dessa reflexão que a Royal Canin criou a política de PETernidade — uma ação simbólica, mas extremamente poderosa, que reforça a cultura de acolhimento, responsabilidade e bem-estar animal. Esse tipo de política corporativa reconhece que a adaptação de um pet em um novo lar é uma etapa delicada, que exige tempo, atenção e carinho. Ter um dia de folga após a adoção é uma forma de garantir esse início com mais presença, fortalecendo o vínculo entre tutor e pet. Além disso, a iniciativa da Royal Canin joga luz sobre uma nova expectativa dos consumidores: eles querem que as marcas estejam alinhadas com os seus valores, incluindo o respeito e o cuidado com os animais.
📈 O mercado pet está em expansão (e cada vez mais exigente)
A PETernidade surge num cenário em que o mercado pet cresce de forma contínua e sólida. Segundo dados da Euromonitor, o Brasil já ocupa a terceira posição mundial no ranking de faturamento do setor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Entre 2018 e 2023, o setor cresceu mais de 90%, mesmo diante de crises econômicas e instabilidades. E não se trata apenas de crescimento em volume de vendas. O que vemos é uma mudança de mentalidade no perfil do consumidor pet. Os tutores estão cada vez mais atentos à qualidade do que consomem para seus animais. Investem em nutrição especializada, serviços veterinários de excelência, bem-estar emocional, adestramento positivo, socialização e até em terapias alternativas como acupuntura, reiki e fisioterapia animal.
Esse novo perfil de consumo exige das marcas um posicionamento mais técnico, mais empático e mais próximo da realidade afetiva dos tutores. Não basta vender produtos — é preciso oferecer soluções e experiências que melhorem a qualidade de vida dos animais.
🧠 Educação e nutrição como pilares
Outro ponto de destaque da campanha da Royal Canin é o investimento em educação para os tutores. A marca reconhece que adotar um animal é assumir uma responsabilidade de longo prazo — e por isso, disponibiliza orientações detalhadas sobre nutrição adequada em cada fase da vida do pet, especialmente nos primeiros meses, considerados cruciais para o desenvolvimento.
Como explica Marco Paccini, gerente de marca da Royal Canin, a nutrição adequada durante os primeiros meses impacta diretamente a saúde e longevidade do animal. Isso torna o programa Start of Life ainda mais relevante, ao oferecer informação de qualidade para quem quer começar com o pé direito (ou a pata certa).
Educar o tutor é tão importante quanto alimentar o pet. Afinal, muitas doenças e problemas comportamentais poderiam ser evitados com cuidados básicos desde o início. Ao investir em educação, a Royal Canin não apenas fortalece sua autoridade no setor, mas contribui ativamente para uma sociedade mais consciente e preparada para cuidar de seus animais.
❤️ A cultura pet já é parte da cultura corporativa
Muito além de uma ação publicitária, a PETernidade mostra como empresas estão cada vez mais abraçando a cultura pet em seus ambientes internos. A Royal Canin, por exemplo, permite que funcionários levem seus cães ao escritório desde 2022 — e agora amplia esse cuidado com a licença pós-adoção.
Essa mudança reflete uma percepção clara: as empresas que reconhecem o vínculo entre pessoas e seus pets se conectam melhor com a nova geração de consumidores e profissionais. Afinal, estamos falando de um público que vê seus animais como filhos e espera que as marcas façam o mesmo.
Além disso, a presença dos pets nos ambientes de trabalho — quando bem estruturada — pode trazer benefícios reais: redução de estresse, aumento do engajamento e até estímulo à colaboração entre equipes. Não à toa, empresas que abraçam a cultura pet estão se tornando mais atrativas para talentos jovens e criativos.
📌 O que isso ensina para outras marcas?
A PETernidade é uma chamada para o mercado como um todo. Se você atua no setor pet, precisa entender que não está vendendo só ração, brinquedo ou acessório — está participando da vida de uma família.
Marcas que compreendem isso conseguem criar campanhas mais autênticas, estabelecer vínculos duradouros com seus consumidores e, acima de tudo, gerar impacto positivo na vida das pessoas e dos animais. A empatia virou um diferencial competitivo.
E se você atua em qualquer outro setor, vale a reflexão: como sua marca pode reconhecer e valorizar os vínculos reais das pessoas com quem elas mais amam — inclusive seus pets?
Empresas do setor imobiliário, por exemplo, já vêm adaptando projetos com áreas pet. Hotéis e pousadas ganham mercado ao adotar políticas pet friendly. Planos de saúde veterinários se popularizam como benefício corporativo. Tudo isso mostra como a relação humano-animal está moldando novas oportunidades de negócio.
🌎 Um futuro mais pet-friendly (e mais humano)
O avanço da PETernidade sinaliza algo maior do que uma tendência de mercado: mostra que estamos evoluindo como sociedade. Quando reconhecemos os pets como membros da família, assumimos também a responsabilidade de cuidar, proteger e proporcionar bem-estar a esses seres que nos oferecem afeto incondicional.
A Royal Canin não apenas entendeu essa mudança — ela decidiu agir. E ao fazer isso, está dando um exemplo valioso para o mundo corporativo. Que mais empresas possam seguir esse caminho, unindo propósito, inovação e humanidade.
Porque, no fim das contas, falar de pets é falar de amor. E marcas que se conectam com esse sentimento constroem algo que nenhuma estratégia de marketing compra: lealdade.