Tradicionalmente conhecida como uma das maiores varejistas de moda do Brasil, a C&A passou por uma verdadeira transformação nos últimos anos. E o que chama atenção nessa virada não é apenas a atualização de coleções ou a modernização de lojas físicas — mas sim o seu reposicionamento digital profundo, impulsionado por estratégias com influenciadores.
Neste artigo, vamos analisar como a C&A usou o marketing de influência para revitalizar sua marca, conquistar um público mais jovem, modernizar sua presença online e se tornar relevante nas redes sociais e no e-commerce de moda. Uma aula de branding contemporâneo que pode (e deve) inspirar e-commerces de todos os tamanhos.
C&A: de marca popular à marca conectada
Durante décadas, a C&A teve uma imagem fortemente associada ao consumo de massa, coleções acessíveis e campanhas publicitárias tradicionais. Porém, o novo comportamento do consumidor, a ascensão da moda digital e a força das redes sociais exigiram uma mudança de posicionamento.
A partir de 2021, a empresa iniciou uma série de ações estratégicas com foco em:
- Fortalecer sua presença digital;
- Rejuvenescer o público-alvo;
- Construir identificação com as novas gerações (especialmente Geração Z e Millennials);
- Aumentar a conversão nas plataformas online.
E o motor dessa virada foi o marketing de influência.
O papel dos influencers na nova estratégia
A C&A entendeu que, para se comunicar com o público jovem de forma autêntica, não bastava apenas criar campanhas com modelos ou celebridades. Era preciso estar onde o público está e falar a mesma língua.
Como isso foi feito na prática:
- Parcerias com creators diversos, representando estilos, corpos e realidades distintas;
- Cocriação de coleções com influenciadoras de moda, como Thaynara OG, Pequena Lo, Thelminha e Camilla de Lucas;
- Participações em trends e virais do TikTok, Reels e YouTube Shorts;
- Ações em tempo real com cobertura de eventos de moda e lifestyle;
- Influenciadores presentes nas lojas físicas e plataformas online, como verdadeiros “embaixadores de experiência”.
Esses influenciadores não apenas divulgaram produtos, mas também emprestaram à marca seus valores, carisma e conexão com o público, algo que nenhuma campanha tradicional conseguiria replicar.
Cocriação de coleções: o ponto alto da estratégia
Uma das maiores sacadas da C&A foi transformar influenciadores em cocriadores reais de produtos. Ao invés de apenas enviar peças para divulgação, a marca passou a convidar essas personalidades para desenvolverem coleções completas — do design ao posicionamento de campanha.
Exemplo marcante:
Coleção Thaynara OG para C&A
- Estilo colorido, alegre e regionalizado;
- Lançamento com storytelling no São João do Nordeste;
- Conteúdo multiplataforma com forte engajamento.
Esse modelo de cocriação:
- Gera sentimento de exclusividade;
- Estimula a compra por conexão emocional;
- Reforça o discurso de representatividade e autenticidade.
Influência além da imagem: branding em escala social
A C&A não usou os influenciadores apenas como “vitrine” — ela incorporou essas vozes ao seu reposicionamento como marca.
Com isso, a empresa:
- Modernizou sua linguagem visual e verbal;
- Estabeleceu presença relevante no TikTok, onde ultrapassou 1 milhão de seguidores;
- Estimulou conversas sobre autoestima, corpo real, inclusão e empoderamento;
- Criou identificação com uma audiência que rejeita padrões impostos pela moda tradicional.
- O resultado? Uma marca que passou de "varejista popular" para "marca pop e conectada".
O impacto nas vendas e no e-commerce
O trabalho com influenciadores não ficou apenas no branding. Houve impacto real e mensurável nas vendas online:
- O app da C&A cresceu em número de downloads e usabilidade;
- Os acessos ao e-commerce aumentaram organicamente por meio de influenciadores;
- As coleções cocriadas frequentemente esgotaram em poucos dias;
- As campanhas digitais geraram picos de conversão vindos de redes como Instagram e TikTok.
Esse movimento mostra como a influência bem direcionada não só engaja — ela vende.
O que você, dono(a) de e-commerce, pode aprender com a C&A?
Mesmo que você não tenha o orçamento de uma gigante do varejo, os princípios dessa transformação podem ser aplicados ao seu negócio. Veja como:
1. Parcerias com micro e nano influenciadores
Você não precisa de famosos. Influenciadores com 10 mil seguidores já geram ótimo engajamento — e com menor custo.
2. Autenticidade vende
Evite campanhas engessadas. Dê liberdade criativa para que o influenciador mostre o produto do jeito dele.
3. Trabalhe com representatividade real
Diversifique seus parceiros: estilos, corpos, raças, regiões. Isso aproxima sua marca do público real.
4. Promova cocriação
Convide influenciadores para sugerirem produtos, nomes de coleções, ideias de conteúdo. Isso gera conexão e engajamento.
5. Mensure os resultados
Use UTMs, links rastreáveis e códigos promocionais exclusivos para saber o que cada campanha gerou de tráfego e vendas.
O reposicionamento digital da C&A é um dos cases mais consistentes e inspiradores do varejo brasileiro recente. A empresa entendeu que vender moda hoje vai além de roupas bonitas — é sobre se conectar com pessoas, valores e causas reais.
Ao investir em influenciadores, em vez de apenas fazer anúncios, a marca construiu um novo imaginário, conquistou as redes sociais e voltou a ser referência para o público jovem. Um exemplo claro de como humanizar a comunicação e dialogar com as novas gerações pode mudar completamente a percepção de uma marca.
Quer reposicionar sua marca com estratégia e conexão real?
Na
DevRocket, ajudamos lojas online a se destacarem com identidade, posicionamento e campanhas digitais que geram resultado de verdade. De criação de
conteúdo à estruturação completa do e-commerce, nós cuidamos da sua marca no digital.
Fale com a gente e transforme sua loja em uma marca com propósito, presença e performance!