O Natal é, historicamente, a data mais importante do varejo. No digital, ele consolida e expande tudo o que foi trabalhado durante o ano: captação de tráfego, construção de audiência, nutrição e performance de conversão. Em 2024, o e-commerce brasileiro fechou o ano em alta (com diferentes leituras segundo as fontes), e as projeções específicas para o período de Natal — do pós-Black Friday até 24/12 — passaram de R$ 23,33 bilhões no online, segundo estimativa da ABComm.
Nos Estados Unidos (um bom “termômetro” de comportamento digital para tendências de mídia, mobile e descontos), o gasto online no feriado de 2024 somou US$ 241,4 bilhões e bateu recorde, com 54,5% das compras feitas pelo smartphone e avanço de BNPL (“compre agora, pague depois”) para US$ 18,2 bilhões, de acordo com Adobe/Reuters e Barron’s.
Em síntese: há dinheiro na mesa — mas só converte quem alinha produto certo + oferta irresistível + experiência fluida + distribuição inteligente (tráfego).
O Natal não é um “dia”: é uma temporada. As pesquisas sobem antes mesmo da Black Friday e atingem picos entre início de novembro e meados de dezembro, quando o consumidor já está decidido a presentear, comparar preços e acelerar o checkout.
No Brasil, dados de Google Trends analisados pela Do Follow e publicados pelo E-Commerce Brasil mostram o interesse subindo de 66 pontos em outubro para 100 pontos no início de novembro (escala 0–100), evidenciando a relação direta entre Black Friday e compras para presentes de Natal.
Há ainda sinais sazonais claros de produtos “de época” (ex.: panetone) que começam a subir a partir de setembro e atingem pico na semana do Natal, mostrando o apetite do consumidor por itens típicos e cestas temáticas.
Antecipação via Black Friday
Parte significativa das pessoas já pesquisa e compra presentes no período de Black Friday, seja para “garantir preço” ou para fugir de prazos de entrega apertados. Isso coloca a sua marca no radar cedo — e abre espaço para remarketing e upsell em dezembro.
Mobile first e experiência enxuta
Com mais da metade das compras online no feriado sendo concluídas pelo celular (benchmark EUA), a navegação precisa ser rápida, responsiva e com checkout simplificado. Cada clique extra custa conversão.
Sensibilidade a preço + descontos reais
Categorias como eletrônicos e moda performaram bem com descontos agressivos na temporada, o que reforça a importância do pricing dinâmico e de um calendário promocional bem amarrado.
BNPL, cashback e parcelamento
Facilitar o pagamento reduz barreiras de compra nas semanas pré-Natal e ajuda a segurar margem sem depender só de desconto. (BNPL e carteiras digitais ganharam espaço na temporada 2024.)
Presentes por vínculo: familiares diretos (pais, filhos, parceiros), colegas de trabalho e “amigo secreto”. As listas giram em torno de moda, brinquedos, calçados, perfumaria/beleza — categorias que lideram a intenção de compra no Natal.
Ticket e motivação: uma parcela relevante quer gastar mais que no ano anterior e busca melhor valor agregado, enquanto outra parte é mais sensível a preço e decide em cima da hora. Planeje duas linhas de oferta (valor x preço).
Momento de decisão: pico de descoberta e comparação no começo de novembro, consolidação e fechamento até a segunda quinzena de dezembro. (Use captação em novembro e remarketing agressivo em dezembro.)
Segmentações táticas
Lookalikes/públicos semelhantes de clientes compradores de Natal do ano passado.
Interesses sazonais (árvore, decoração, ceia, amigo secreto).
Comportamentos (visitou categorias de presentes, adicionou ao carrinho sem comprar, buscou “frete grátis”/“retirada”).
RFM: campanhas distintas para recência/frequência/valor (VIP vs. novos vs. inativos).
Moda & Acessórios
Kits presenteáveis (camiseta + meia; brinco + colar; carteira + cinto).
Variações por persona (executiva, geek, esportiva), tamanhos inclusivos e guia de medidas para reduzir trocas.
Beleza & Perfumaria
Miniaturas, combos “leve 3 pague 2”, edições limitadas com embalagem natalina e cartão-presente.
Brinquedos
Segmentar por faixa etária e ticket médio; destaque para educativos e licenças (heróis, filmes).
Garantia de troca até X dias após o Natal reduz fricção na compra.
Casa & Decoração
Kits de mesa posta, iluminação, guirlandas e cestas para a ceia.
Bundles sazonais (cesta panetone + espumante + taças) surfam a demanda típica de fim de ano.
Eletrônicos & Games
Estratégia de descontos progressivos e acessórios complementares (cabo, case, controle extra) para elevar o ticket.
Gift cards e vale-presentes
Opção sem atrito para quem deixa para a última hora (com entrega por e-mail e personalização).
Vitrines temáticas com categorias “Presentes até R$ X”, “Para Ela/Ele/Infantil”, “Amigo Secreto”; banners com CTAs objetivos.
Selo de entrega garantida: destaque prazos por CEP (com data-limite para entrega antes do Natal).
Prova social (avaliações + UGC) em páginas de produto e cards de categoria.
Frete inteligente: barreiras de carrinho abertas (ex.: “Faltam R$ 27 para frete grátis”).
Checkout express e métodos rápidos (Pix, carteiras, parcelamento claro).
Upsell/Cross-sell: kits e complementos relevantes no carrinho/checkout.
Política de troca estendida exclusiva do Natal (aumenta confiança).
Timer de urgência em ofertas de curta duração (sem exageros).
Busca interna turbinada com sinônimos: “amigo secreto”, “kit presente”, “natalino”.
Landing pages para coleções e “presentes por persona”.
1) Pesquisa & Shopping (Google Ads)
Capture demanda ativa (fundo de funil) com termos de compra e Google Shopping.
Use listas de preço e feeds limpos (título/atributos) para ganhar relevância.
Lances e orçamentos em picos de busca (novembro/dezembro). E-Commerce Brasil
2) Social pago (Meta, TikTok, Pinterest)
Estruturas por funil (awareness → consideração → conversão).
Criativos nativos (UGC, unboxings, “gift guide em 15s”), vídeo curto e provas de presenteabilidade (embalagens, kits).
Remarketing multi-janela: ex-visitantes, “add-to-cart” e “view content” com ofertas e prazo de entrega.
3) E-mail/SMS/WhatsApp
Fluxos automáticos: recuperação de carrinho, última chance (prazo frete), pós-compra (vale-presente/trocas/upsell).
Segmentação por interesse capturada nas jornadas de novembro (listas de presentes).
4) Afiliados e influenciadores
Listas de presentes em blogs/YouTube/Instagram com links rastreados e kits exclusivos.
Cupons nomeados (“NATALDEVROCKET”) para reforçar a mensuração.
Guia definitivo: “Presentes de Natal 2025 por faixa de preço” + FAQ semântico (Google PAA: “Qual presente até R$ 50?”).
Comparativos (“melhores fragrâncias até R$ X”, “top 10 brinquedos educativos”).
Calendário de prazos logísticos por região (último dia para entrega antes do Natal).
Páginas de categoria sazonais com texto otimizado no topo (250–300 palavras), FAQ e links internos para subcategorias.
Clusters de conteúdo conectando blog ↔ coleções ↔ páginas de produto — distribua link juice e intencionalidade de busca.
Snippets ricos: preços, estoque, avaliações (Schema).
Trace uma política de margem mínima por categoria e simule cenários (desconto + frete + taxa do meio de pagamento).
Use BNPL/carteiras para aliviar CAC mantendo margem. (Na temporada 2024 nos EUA, BNPL avançou forte; no Brasil, a atenção a parcelamento sem juros permanece crítica.)
Previsão de demanda por SKU (olhe o comportamento 2023 e tráfego de 2024).
Estoque “satélite” para best-sellers e kits.
SLA realista + datas-limite de compra por CEP em destaque (mini-banner sticky).
Retire na loja/ponto de retirada para o consumidor de última hora.
Pós-venda com data estendida e autoatendimento (trocas/facilidades).
Coleções “Presentes por preço” + “para Ele/Ela/Infantil/Geek/Beleza”.
Lançar LP de Natal + banners e menu sazonal.
Campanhas Google Shopping e Busca com termos de compra (“comprar + produto”).
Criativos nativos (Reels/TikTok) com prova de presenteabilidade.
Remarketing por janela (7/14/30 dias) e por evento (view, cart).
Frete grátis progressivo e cupom temático (rastreamento).
UX mobile (velocidade, checkout, meios de pagamento).
Deadline de entrega por região (comunicação em todo o funil).
E-mails automáticos (carrinho, prazo, última chamada, pós-compra).
Medição diária (ROAS, taxa de conversão, AOV, participação mobile).
O gráfico abaixo sintetiza um recorte de dados reais do Google Trends (via Do Follow/E-Commerce Brasil):
Outubro/2024: índice 66;
Início de novembro/2024: índice 100 (pico).
Esse salto ajuda a explicar por que a Black Friday antecipa a jornada de presentes — e por que você deve iniciar captação/remarketing ainda em novembro.
O Natal concentra intenção de compra, sensibilidade a preço e urgência logística. Vence quem:
estrutura oferta e sortimento para presenteabilidade;
prepara UX mobile, meios de pagamento e prazos de entrega sem atrito;
liga conteúdo + SEO à mídia de performance (captura em novembro, converte em dezembro);
mede e otimiza diariamente (ROAS, conversão, AOV, margem).
Deixe o site “respirar Natal”, conecte com Black Friday e conduza o usuário por um funil que começa na busca e termina em experiência memorável no pós-compra. A temporada é curta — mas, feita com método, ela abastece seu LTV até o próximo ano.
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